O que vai subir se SP voltar a cobrar imposto

 

 

  O governador João Doria assinou em outubro de 2020 dois decretos que acabavam benefícios fiscais concedidos a diversos setores da indústria em São Paulo ou os reduziam. Com a medida, o Estado passaria a recolher neste mês o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de produtos que até então eram isentos, como frutas, legumes e verduras, ou que tinham alíquota reduzida, como remédios. Os setores protestaram, e houve um recuo na cobrança de medicamentos genéricos e alimentos, mas a decisão ainda não foi oficializada no "Diário Oficial” do Estado.


O governo diz que não é aumento de imposto, mas redução de isenções (leia a posição do governo no fim deste texto). Na semana passada, Doria afirmou que uma força-tarefa do Executivo está em curso para ouvir os representantes das outras cadeias produtivas e buscar soluções para o impasse. Enquanto a situação é negociada, saiba como a medida pode impactar no bolso do consumidor, se a cobrança for mantida.


O que pode ficar mais caro? A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) fez um levantamento estimando os aumentos que o consumidor vai pagar a mais, caso a cobrança do ICMS não seja revista pelo estado. São produtos como remédios para câncer, carnes, leite, gás, óleo diesel e eletrônicos.